segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Paulista x Brigadeiro

Faz frio aqui em cima.
Olho para baixo bem quando o sinal fecha.
Uma tropa de apressados pequeninos atravessa a avenida.
Tudo passa tão rápido aqui,
Carros e rostos que não verei outra vez.
A Paulista se multiplica
nos prédios envidraçados que lhe servem de espelho.
Do alto, muitas torres observam
um grande balé de rítmo incompreensível.
Vejo a solidão:
São milhares de olhos, uns poucos olhares.
Será que um dia chamarei isso de lar?
Se conseguir vou pintar tudo...
O cinza já não me agrada mais.

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